A preservação do meio ambiente e a sustentabilidade são temas cada vez mais presentes no dia-a-dia do cidadão brasileiro. Caso não sejam adotadas ações que visem descontaminar o planeta, projeta-se um futuro crítico, com poucas perspectivas de uma vida saudável.
Mas, até que ponto as atitudes dos nossos governantes são para valer, para mudar realmente este estado de coisas? Muitas vezes suas ações não passam de puro marketing, com o único objetivo de estar alinhado com o assunto do momento e ganhar pontos com isso.
Por isso, é preciso tomar muito cuidado com o discurso ambiental. Pode ser sincero, é claro! E também pode ser apenas um "factóide", ou seja, uma estratégia política de criar pequenos fatos positivos que repercutem na mídia, sem profundidade suficiente para atingir a população como um todo.
A questão ambiental tem sido destaque nas ações da Prefeitura Municipal de São Paulo. Da lei da cidade limpa à proibição de sacolinhas plásticas em 2012, o prefeito tem anunciado muitos projetos nesta área, passando pela instalação de cem parques na cidade, plantio de árvores em vários quilômetros de calçadas, ciclovias, inspeção veicular e outros. Não foi à toa que, recentemente, Kassab anunciou o secretário do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, como o nome preferido para sucedê-lo.
Entre os dias 4 e 5 de junho, a Prefeitura realizou a Virada Sustentável, com o objetivo de estimular a conscientização no trato do lixo urbano. E novamente, o evento, circunscrito a uma pequena região da cidade, foi destaque na mídia.
Entretanto, o discurso sustentável da Prefeitura está longe de chegar na Vila Silvia, bairro da zona leste, próximo ao Cangaíba, principalmente no tocante à coleta de lixo urbano. Não é de hoje que a empresa responsável por este serviço adotou a prática de destacar um funcionário para recolher o lixo das casas, empilhá-lo em alguns pontos das ruas, geralmente nas portas das residências, e só depois passar para recolhê-lo. Até chegar o caminhão, os cães soltos fazem a sua festa particular, com muita fartura.
Em outras situações, moradores foram impedidos de sair com seus veículos da garagem, tal o acúmulo de lixo. Há 3 anos, o empilhamento de lixo na praça Natal Antonio da Cunha, num sábado, causou constrangimento no subprefeito da época, que foi à localidade para reunir-se com a associação de moradores.
Já foram registradas reclamações de moradores no 156, na Secretaria Municipal de Serviços e na Loga, empresa responsável pela coleta domicilar no bairro. Mas nada foi feito até o momento. Aqui, a sustentabilidade ficou apenas na propaganda.
Portanto, recomendamos muita cautela quando ouvir o discurso ambiental dos governantes, sejam eles da esfera federal, estadual ou municipal. Assim como praticamos a coleta seletiva em favor do meio ambiente, devemos ter muita seletividade em tudo o que ouvimos por aí.
RECLAMAÇÕES NA PREFEITURA SP: 156
RECLAMAÇÕES NA PREFEITURA SP VIA INTERNET: http://sac.prefeitura.sp.gov.br/
RECLAMAÇÕES NA LOGA: 0800-770-1111
RECLAMAÇÕES NA LOGA VIA INTERNET: http://www.loga.com.br/
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Empilhamento de lixo: situação insustentável e contra o meio ambiente |
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